6.7.17

O que eu quero?

"O que eu quero?"
Tenho feito essa pergunta ultimamente. As vezes eu penso que ao invés de progredir, tudo está caminhando pro início de novo, assim como o universo vai caminhar um dia. Talvez isso seja tão natural que se tornou extremamente perturbador.

Estou agora sentada no meio desse salão. O chão de mármore antigo me remete à anos atrás, talvez ensino médio. A diferença é que há anos eu não estou mais nele, mesmo agindo como se ainda estivesse. Ah, como eu odeio esses jovens espertos e decididos. Eles conversam sobre o fim de semana e sobre seus planos para o proximo. Eles estão tão felizes e eu só tento descobrir o que faz com que eles se sintam assim.
Há um lustre, ou algo do tipo, tão antigo quanto o chão de mármore. Há também três estátuas. Não sei ao certo quem são, mas tenho certeza que foram importes, visto que nuca fizeram uma estátua com a minha imagem, ou a sua. Eu queria que fizessem uma minha, hoje não mais. Quando você morrer não farão uma sua também, farão? Provavelmente não, não farão porque certamente sua vida será tão insignificante quanto a minha. Quando você morrer, afinal, só será lembrado na mente daqueles que você conhecia, ou nem isso. Mas um dia eles irão também, e você não restará em lugar algum. As coisas que você escreveu vão ser jogadas no lixo, suas roupas vão parar sabe-se lá onde, ou seja, toda sua história deixará de existir. Mario sergio cortella sempre diz pra viver em paz, e morrer em paz, diz sobre ser importante pra algo ou alguém, mas será? Será que se lembrarão de você algum dia, assim como você não se lembra das pessoas que viveram no sec X? Quão injusto isso parece pra você? Digo, ser lembrado... Talvez eu não queira. E a menos que as merdas que tenha feito na sua vida influencie a vida de pelo menos umas mil pessoas, não vai ser importante, quem dirá então o que você fez pra todas as pessoas. Então, faço a mesma pergunta que me faço há algum tempo: o que você quer? QUEM você quer ser?

Porque, eu sei agora.

Eu não estou no mesmo lugar. Decidi ir a todos os lugares que fizeram qualquer diferença nos meus últimos 12 meses. Eu decidi fazer qualquer coisa, e aqui estou, em um lugar chamado "Orange Point" bebendo uma cerveja e , se você que está lendo esse texto já foi comigo a esse lugar, deve estar se perguntando se esse texto é sobre você.

Não, não é sobre você, mas sobre mim, sobre mim e sobre todas as coisas que deram errado na minha vida, e é sobre isso que vou escrever nos meus próximos textos. E não pense que eu sou uma Hannah Baker suicida e que estou precisando de ajuda, eu só estou sendo eu: bipolar, dramática e impulsiva, buscando por respostas pra entender que merda isso se tornou. Não é sua culpa, é toda minha, porque no final das contas eu sou toda errada. Consegui afastar todas as pessoas que, de alguma forma, faziam parte da minha história, mas isso fica pros próximos textos, já que esse é sobre um dos melhores lugares por onde passei. Não por ser bonito, ou me remeter algo ou alguém, mas talvez porque tenha desencadeado diversas reflexões que me fizeram entender que essa porra realmente está errada. Bom, é ótimo estar sozinha agora, e ruim ao mesmo tempo, porque quando você não está aqui, não há nada produtivo que passe pela minha cabeça.

Quantas vezes não cabulamos aula pra vir aqui? E quantas vezes isso já não me ferrou? Ver você, sentir seu cheiro, chegar em casa e saber que de novo eu fiz merda.  Mas agora é diferente, certo? Nós dois chegamos a um patamar em que, apesar de saber quase (eu disse quase) tudo sobre o outro, parecemos desconhecidos. Eu mesma não me reconheço, quem dirá você. Talvez tudo que passamos aqui, nessa porra dessa mesa, estava errado, começando pela primeira vez. Jesus, como eu queria ter feito muita coisa diferente, mas talvez você nem saiba disso. E, pensando bem agora, talvez eu tivesse feito tudo exatamente igual. E sabe porque? Porque eu tenho um enorme potencial pra fazer tudo errado, e você sabe disso, não sabe?

Então vamos formatar essa merda agora.
Vamos apagar tudo que foi construído aqui e reconstruir, de forma totalmente diferente. Afinal, esse texto é sobre o que eu quero, e o nome desse blog é exatamente sobre utopia, e foi exatamente isso que aconteceu todas as vezes em que estive aqui. Foi tudo utópico, imaturo e prematuro. Então, porque não recomeçar?



Prazer, me chamo Crislaine Macedo. E você? Me conte sua história, talvez de um novo ponto de vista. Aliás, porque não marcamos de se encontrar aqui? De novo, e de novo, até que algum dia eu consiga entender exatamente o porque tudo aconteceu assim? Seja bem vindo ao meu novo, e igual, eu.

0 Comments:

Postar um comentário

 
GALAXY OF REVERIES - 2022 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS | LAYOUT PRODUZIDO POR CRISLAINE MACEDO. | INÍCIO